Filme francês de 1996, escrito e dirigido por Coline Serreau, que também é a personagem central.
___Apesar de feito com orçamento modesto, é uma divertida e criativa crítica ao estado atual da "civilização" sob a ótica de uma suposta visitante vinda de um "outro planeta", que poderia ser uma versão otimista futura da Terra, após a decadência do presente paradigma de degradação ecológica, consumismo, poluição industrial, moral e ética que está culminando com o presente patético dramático que vivemos.
__Esse filme se torna particularmente significativo hoje, 2009, quando todos experimentamos crises crescentes. A corrupção política, a avidez da ganância humana potencializada pelo crescente domínio das corporações, cujo modelo capitalista não mede esforços criativos para explorar e subverter a evolução humana e reduzi-la a um medíocre estado de ilusão materialista consumista cujas conseqüências são visíveis para todos os que tem olhos de ver e que já experimentaram a pílula vermelha de um despertar de consciência para a realidade além da ilusão da Matrix em que a maioria está presa.
A chamada "civilização humana" é, para dizer o mínimo, a manifestação de uma "colcha de retalhos" tecida com um fio criado por uma seqüencia contínua de guerras, tiranias políticas e exploracão humana por parte de elites dominantes na área política, econômica e religiosa.
O planeta Terra, apesar de seu potencial paradisíaco, se tornou uma "piada cósmica", de humor quase negro. A admirável e rara beleza de nosso planeta azul, a multi diversidade da manifestação mineral, vegetal e animal de nosso orbe se tornou vítima de implacável algoz: a interferência humana.
O ser humano se tornou o algoz mór de si próprio.
La Belle Verte, literalmente "a bela verde", traz uma mensagem daquilo que poderia ser nosso planeta Gaia, uma casa onde todos os seres vivem em perfeita harmonia com a Natureza, sem os "avanços tecnológicos" baseados em nossa Física mecanicista, mas com o domínio de "tecnologias" avançadas de telepatia, capacidade de teleportar-se e de viver em um permanente estado lúdico e de hedonismo inocente, onde brincar de acrobacias e meditações coletivas "ouvindo o silêncio" são partes importantes da vida diária.
Em nossa realidade presente temos um quadro representativo dos valores endeusados pela sociedade; o patético ambiente de um movimentado "shopping center".
O consumismo robotizado e programado no subconsciente de uma civilização escravizada e aprisionada em suas próprias ilusões.
LA BELLE VERTE, de 1996, tem um paralelo interessante na série de livros russos "The Ringing Cedars of Russia", a saga de Anastasia, uma personagem talvez mítica, talvez real, do autor russo Vladimir Migré. Valea pena pesquisar no Google. Infelizmente a série "Ringing Cedars" ainda não está disponível em português.
Os fantásticos ensinamentos avançados da enigmatica e linda Anastasia convida o leitor à criação de novos paradigmas para a civilização terrestre. Os que nos tem servido como modelos foram criados por interesses de minorias obscuras, sob interesses escusos, cuja identidade está se tornando mais evidente a cada dia, graças à crescente proliferação viral de informações via Internet na última década.
CRÉDITOS:
À Coline Serreau, francesa, autora, diretora e personagem central do filme que teve a inspiracao de criar esse divertido filme, que nos faz imaginar um novo mundo de paz harmonia, amor, respeito e leveza de SER.
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