Vive todos os dias, como se fosse o último, e um dia verificáras estar certo.



sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O Futuro da Humanidade de Augusto Cury

- Garoto, o seu nome é o de um desbravador, mas você nunca será como um de nós. Você


pode maquiar-se, vestir roupas rasgadas, cheirar mal, mas continuará sendo você mesmo. No seu

mundo, vocês crêem que a embalagem muda o valor do conteúdo. No meu mundo isso é

uma tolice. Você continuará sendo um prisioneiro.

Marco Polo ficou abismado:

- Prisioneiro do quê?

- Do sistema.

- Eu sou livre!

- Você pensa que é livre. Você tem os pés livres para caminhar e a boca livre para falar. Mas

você é livre para pensar?

- Creio que sim.

- Então me responda com sinceridade: Você sofre pelo futuro, ou seja, você se atormenta por

coisas que não aconteceram?

- Sim - disse, consternado.

- Você tem necessidades que não são necessárias?

- Sim.

- Você sofre quando alguém o critica? É preocupado com a opinião dos outros?

- Sim.

Falcão se calou e Marco Polo ficou pensativo. Lembrou-se do quanto as opiniões do seu

professor e de seus colegas de classe o atormentaram. A discriminação que sofreu fora registrada

de maneira privilegiada, gerando um conflito. Perdeu o sono algumas vezes. Deixou que o lixo de

fora invadisse sua emoção.

Começou a analisar o que estava fazendo naquela praça. Conquistar Falcão era motivado pela

dor da discriminação e não pelo que realmente ele representava. Assim, começou a rever seu foco.

Com honestidade, admitiu:

- Não sou tão livre como imaginava.

Falcão continuou e pela primeira vez o chamou pelo nome.

- Marco Polo, o mundo em que você vive é um teatro. As pessoas freqüentemente representam.

Elas se observam o tempo todo, esperando comportamentos previsíveis. Observam seus gestos,

suas roupas, suas palavras. A liberdade é uma utopia. A espontaneidade morreu.

1 comentário: